quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Devaneio

Casal na praia
Imagem do Google

Noite cerrada. Calmaria...
Um mar de poucas ondas
Confunde-se com a escuridão.
Dou livre curso aos sentimentos...
Solitária, consigno ao vento:
Em vão, esperei meu amor horas a fio...
Indiferente, ele dissipa o meu lamento.
Entre soluços, reproduzo versos
De uma canção plangente.
Lágrimas incontidas misturam-se
À chuva fina e gelada.
Pensamentos descalços me recordam
Teu olhar inerte em uma fotografia...
Apercebo-me da incapacidade
De te apagar do meu ser.
Aturdida, esbarro em mim...
Já não sei onde tu começas e eu termino.
Tento reagir, afogando a tristeza...
Vejo-a sumir nas profundezas
Da imensa massa de água salgada...
Inesperadamente, sinto o teu perfume.
Estás diante de mim. Teus olhos me abraçam
E, habilmente, decifram o meu enigma.
A primavera nasce em meu olhar...
Mergulhamos nas águas de nós dois,
Preenchemos o vazio dos sonhos.
À nossa frente, vislumbramos
Um amanhã despido do ontem.
Finalmente, a alegria habita em nós.
Copyright © Josselene Marques
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2 comentários:

  1. Mais uma bela poesia na escrita perfeita de Josselene.

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  2. Obrigada, amigo. Gostaria de poder colaborar/publicar mais vezes, mas o reduzido tempo livre não me permite.
    Saiba que é sempre um prazer vir aqui.
    Uma ótima semana! Abraço.

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