domingo, 8 de janeiro de 2012

A MENINA DO PORTO


A MENINA DO PORTO
A menina do porto encontrou o seu homem
seguindo o rastro do sol no amanhecer.
E num momento único deu a ele as suas mãos
e ofereceu o seu corpo.
Eis me aqui! Dança comigo?
Voe, me acompanhe, sou poetisa e pássaro,
sem pecado e sem culpa.
És o lobo do mar ancorando no meu peito.
Dispa-me e vem brincar comigo. Quero-te agora.
Marca o meu coração como uma tatuagem
e ocupe o seu lugar no coração dessa sonhadora menina.
Essa minha vontade de te amar agora
me deu asas e marcou tua presença em mim.
Provocou essa ousadia urgente de te amar.
Assim, desse jeito, com sentimento de uma única vez,
quero me entregar sem arrependimento.
O prazer me faz chorar sem constrangimento,
e derramar lágrimas por ter você aqui dentro.
Se eu pudesse viveria para sempre esse amor cigano,
navegando sonhadora, pelos mares e pelas nuvens,
num momento único, fazendo um rapel nas estrelas.
Viajando juntos nesse momento,
você libertou a borboleta enclausurada
que se transformou numa mulher,
devassa, insana, selvagem e erótica,
domadora, dominadora, que oferece os seios
como uma armadilha para conquistar alvo do seu amor
e deixar impregnado nele todo o seu odor.
E, juntos, nesse encontro de sexo,
um passeio pelo orgasmo,
para se conhecer melhor.
Assim como a fêmea que sente a necessidade do macho,
pede, sem pudor, e mostra todos os seus argumentos
e tentações que pode oferecer.
Vai e volta, agora eu sou a sua mulher.

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