quarta-feira, 23 de novembro de 2011

SONO DE URSO

Após o nascer do sol de engrenagem,
a vida sem tempo aniquila os ares:
o fôlego de ideias se exime dos males,
as águas dos abismos fogem da paisagem.

A vida remota remonta as barbáries;
o tempo escasso sugere superficialidades.
O ritmo insano de regime estatutário
abole os tiranos de más publicidades.

O tempo sem vida na vida sem tempo
acaba com os medos, amores e risos:
poetas não escrevem, o falcão voa lento.
As mortes fora de tempo ironizam...

(Wesley Rezende)

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