segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Izabelle Valladares entrevista Diva Pavesi


Izabelle Valladares entrevista Diva Pavesi



Diva Pavesi, é editora, jornalista, escritora, produtora cultural, curadora e Presidente da Divine Institut e DivineEdition, Diretora de coleção da Yvelinedition.

www.divineinstitut.org







Qual o tipo de romances te inspira os clássicos ou os comerciais?

R: Eu sempre apreciei os romances clássicos.
No fundo tenho a alma dos eternos apaixonados. Leio muito, adoro ler na cama, pela manha e principalmente à noite, ao som de musica erudita.



Seu projeto associa cultura e bem-estar social, ligando o glamour das artes a realidade social das crianças carentes, apesar de não viver no Brasil, nunca perdeu seu foco na realidade de nosso país, hoje sabemos que é uma pessoa respeitada e consagrada no Brasil e  na Europa, mas e no início dessas ações? Teve muitas dificuldades?

R: Na minha historia de vida, a cultura sempre foi a base fundamental, acoplada com a educação e a formação. Há quase vinte e cinco anos na Europa, jamais deixei de me dedicar à promoção e a defesa das artes, ciências, letras e cultura brasileira. O bem estar social, é minha missão.
Sempre fui determinada no combate das injustiças, da miséria, da violência.
A pobreza é a pior mazela humana. A Liberdade maior é atingir seus objetivos, concretizando seus sonhos.
A palavra glamour deve ser compatível, com A Liberdade, com a Igualdade e com a Fraternidade.

Como as histórias surgem para você?

R: Nos bancos escolares sempre fui a melhor aluna da classe. Desde os sete anos de vida, aprendi a colecionar medalhas de ouro. Meus professores, meus maiores incentivadores, apreciavam meus textos e diziam que eu tinha talento par a criação.
Hoje quase cinqüenta anos depois, quando me sento para digitar no meu laptop, parece que existe uma simbiose, entre o meu cérebro, e toque dos meus dedos, que se deixam conduzir pela magia da transformação das letras que se transformam em mensagens.








Quanto tempo, em média, você leva para escrever um romance? Qual foi o mais rápido que você já escreveu e qual lhe deu mais trabalho?
R:  O Primeiro livro que editei na França, foi em 1998: Carnaval do RIO. Enquanto ex Porta Bandeira, tinha o domínio total sobre o tema. Foram apenas seis meses para escrever. Tornou-se Best Seller na França.
O primeiro romance que editei, Revolta dos Anjos, levei dois anos para escrever 400 paginas, que ficou guardado na gaveta durante dez anos.
Após uma releitura, decidi aperfeiçoá-lo,  sintetizando, e transformá-lo  em um texto dinâmico com apenas 22 % das paginas. Depois desse livro, já escrevi vários outros, mas o mais difícil, sem duvida foi Revolta dos Anjos, pelo tema muito doloroso: violências e abusos sexuais praticados em crianças.

Você já teve histórias que começou a escrever e não conseguiu dar segmento?

R: Quando decido escrever já tenho tudo pronto em minha cabeça. O mais difícil é encontrar tempo para me dedicar, porque estou sempre empenhada em realizar, produzir, promover projetos dos outros.

Hoje em nosso país a realidade do escritor e artista plástico é a grande necessidade de investimento na carreira , para reconhecimento do publico e das editoras, o que na minha opinião é muito parecido com os moldes de qualquer profissão e absolutamente normal, pela sua visão, os artistas brasileiros amadureceram quanto a esta necessidade de investimento inicial para a formação de uma carreira sólida ?

R: Eu vivo entre dois mundos antagônicos: Na França, onde a palavra chave é Cultura, e no Brasil, onde a palavra chave é sucesso.
A França, um dos berços da historia e da cultura, defende e investe diariamente na Cultura Nacional, respeitando e promovendo as outras culturas.
O Ministério da Cultura Francesa, tem um budget muito importante para as realizações dos projetos culturais.
É muito difícil para mim, comparar o incomparável.
Na França, a palavra Investir na Cultura, é algo tão importante quanto a água que bebemos, quanto o ar que respiramos, basta caminhar a pé em Paris ou em outras grandes e pequenas cidades, para sentir, o que é viver em Cultura.
No Brasil, essa conscientização de  investimento cultural é quase inexistente.  Se um artista, ou escritor sonha com o sucesso, logo ele deve saber que devera investir de seu próprio bolso.

Como  você vê a ARTPOP- Academia de artes de Cabo Frio no mercado nacional e internacional?
R: Vejo como todas as outras Academias que tive a honra em conhecer, ou ser empossada, vejo como vetores fulcrais de defesa e promoção das artes, letras e cultura.
A ARTPOPcomo todas as outras instituições, são verdadeiras guerreiras em prol da PAZ e de um mundo mais culto, justo e fraternal.


Você é uma mulher linda, que teve seu talento reconhecido através de uma arte popular , na qual o Brasil é mestre em exportação, você acredita que mostrar que é uma mulher inteligente, empreendedora e fazer sua inteligência sobrepujar sua beleza foi uma tarefa difícil?

R: Quem teve a oportunidade de ler o meu livro Revolta dos Anjos, pode constatar que passei mais de vinte anos lutando contra a minha beleza. Durante décadas essa beleza foi a pior inimiga. Tudo fiz para me enfear, até sofrer de anorexia e bulimia.  Lutei muito com armas em punho:  livros, canetas e papeis e até a minha Bandeira de Porta Bandeira de uma Escola de Samba, que foi sim um passaporte para eu  ter uma outra  dimensão societária.
Jamais tive vergonha de minha pobre origem, ao contrario, até hoje penso em trabalhar para diminuir essa ponte entre os ricos e pobres, entre os ignorantes e estudiosos. O ser humano é belo, só precisa se aperfeiçoar. 
Sabia que o mérito só se aproximaria de minha pessoa, se estudasse, se me formasse, se me cultivasse, se promovesse o Amor Universal então uma parte do meu projeto humano e social estaria apenas começando como todo e qualquer ser humano de LUZ.

No dia 20 de agosto estará palestrando no seminário da ARTPOP no teatro municipal na cidade de Cabo frio, para um público de nível cultural muito alto, além de presidentes de grandes entidades, escritores, artistas e políticos, e é uma das palestras mais esperadas, pois além de falar sobre a expectativa do mercado internacional artístico irá dar dicas de como expor no exterior, qual a sua 
expectativa para este seminário?

Ao ler essa questão ao meu marido, ele me respondeu, ai esta mais um desafio em sua vida.
A palavra pressão foi sempre um estimulo em minha vida.
Cada vez que me preparo para uma palestra, sinto como todo artista: um friozinho no ventre, mas saiba, que tenho em mim, uma força, uma determinação, uma paixão pela erudição, e a eloqüência é um desafio, e o intercambio cultural é a minha meta.
Existe uma longa estrada entre a Sabedoria e o Conhecimento. E eu sou uma pequena viajante.

Na Bienal do Rio de Janeiro estará com o lançamento de dois dos seus livros solos, há projeto de novos 
lançamentos para o próximo ano?


R  Viver é sonhar, sonhar é a esperança da realização.
Há quase 17 anos que criei Divine Institut, uma ONG Francesa para a promoção e defesa da nossa Cultura Brasileira. Vinte quatros horas por dia penso e vivo em perfeita comunhão, com o Brasil e a França, que são os meus maiores projetos.
Hoje não posso conceber minha vida, se não há projetos culturais, artísticos e literários. Meus livros,  escrevo nas horas vagas que são raríssimas, os meus dias são dedicados aos artistas, aos escritores, aos Acadêmicos, aos amigos, e minha família é o meu porto seguro.
Criei a Divine Edition para promover o escritor brasileiro, já são 23 autores desde 2009, que tiveram a grande oportunidade de lançarem suas obras na França.
A exposição L’Univers Brésilien, esta na sua quinta edição,  mais de 100 artistas plásticos, sob a minha curadoria , já tiveram o privilegio de expor suas telas, em varias galerias de prestigio em Paris, bem como em Salões de grande projeção internacional, como o Salão de Belas Artes do Louvre.
O meu cotidiano é feito de 17 horas de trabalho, lendo, escrevendo, vivendo intensamente as duas culturas.
Nesse ano na Bienal de Paris, editei 14 escritores, poetas famosos como o Senhor das Palavras, Luiz de Miranda.
Para 2012 no Salão do Paris, tenho uma meta, editar um numero maior de novos escritores, mas já tenho um livro pronto para as livrarias francesas do celebre Martinho da Vila.
Quanto aos meus próximos livros, tenho quatro livros prontos, aguardando o bom momento para o lançamento.




































Diva Pavesi, é editora, jornalista, escritora, prosutora cultural, curadora e Presidente da Divine Institut e DivineEdition, Diretora de coleção da Yvelinedition.

www.divineinstitut.org

Um comentário:

  1. Parabéns pelo blog... Breve voltarei para conhecer mais deste espaço que já me encantou... Grande abraço e se possível faça uma visitinha ao meu espaço... Beijo, beijo... www.joselitootilio.blogspot.com.br

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